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‘Um estado que recruta estudantes da Torá não tem o direito de existir’, diz chefe rabino da Lituânia

Tanques, veículos blindados e jipes militares do exército israelense são vistos em áreas próximas à linha de fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, enquanto os ataques de Israel à Faixa de Gaza, que começaram em 7 de outubro, continuam ininterruptamente em Israel, em 09 de julho de 2024 [Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency]

O rabino haredi sênior Dov Landau, líder dos judeus ortodoxos da Lituânia,  contestou as ordens de alistamento que o exército de ocupação pretendia emitir para convocar 3.000 haredim para o serviço militar, declarando que um Estado que recruta estudantes religiosos não tem o direito de existir.

Ele continuou, em declarações relatadas pelo jornal Yedioth Ahronoth, traduzidas pelo Arabi 21, que: “O exército está em estado de guerra contra nós, e eles querem tirar os direitos dos estudantes da Torá, e isso é suicídio completo”.

O chefe da comunidade haredi, Rabino Ahron Kaufman, pediu para transmitir sua posição aos rabinos sefarditas e hassídicos para que eles pudessem emitir uma posição unificada com relação à seu rechaço ao serviço militar.

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Tendo como pano de fundo as discussões sobre o recrutamento de judeus ultraortodoxos para o exército de ocupação, um dos rabinos mais proeminentes do movimento lituano, que trabalha ao lado de Landau como diretor da Yeshiva de Slobodka, Rabino Moshe Hillel Hirsch, recentemente ordenou que os alunos influenciassem os jovens ultraortodoxos que não estudam em escolas de religião contra qualquer comando de alistamento militar.

Os sites haredi indicaram que Hirsch, além de vários diretores de escolas religiosas identificados como desistentes do serviço militar, enviou cartas a todas as escolas religiosas, alertando os jovens para não irem aos escritórios de recrutamento.

Após as declarações de Landau, os líderes seniores das escolas religiosas dos judeus sefarditas ocidentais se reuniram e emitiram um decreto religioso proibindo o ingresso no exército de ocupação.

De acordo com o documento assinado por eles: “Qualquer presença em escritórios de recrutamento é proibida pela Torá”.

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