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Ataques a hospitais e clínicas no Sudão põem milhões em risco

Criança com desnutrição severa no hospital de campo de Cap Anamur, perto das montanhas de Nuba, no Sudão, em 15 de junho de 2024 [Guy Peterson/AFP via Getty Images]

O Sudão se tornou a maior crise humanitária no mundo contemporâneo, à medida que os ataques dificultam as operações de saúde para assegurar serviços críticos a milhões de pessoas, advertiu o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Tedla Damte — chefe de saúde da Unicef no Sudão — confirmou que grupos armados mantêm ataques a hospitais, clínicas e trabalhadores de saúde, no contexto da disputa entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido (FSR), grupo paramilitar aliado ao exército regular até abril passado.

“É de partir o coração saber que um dos ataques, por exemplo, nos fez perder equipes de farmacêuticos experientes que davam suas vidas na linha de frente, a fim de ajudar as pessoas do Sudão”, comentou Damte.

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“Mas não se trata apenas dos ataques diretos a hospitais e clínicas — por conta da falta de combustível e pessoal, mais de 70% das instalações de saúde não conseguem mais, no momento, oferecer serviços em lugares como Darfur”, acrescentou.

Tentativas do exército de integrar a FSR deflagraram uma guerra civil, em que ambos os lados são acusados de violações. Milhões de pessoas foram deslocadas pelos violentos combates.

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