O ex-primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, alertou na sexta-feira que os líderes israelenses poderiam enfrentar processos internacionais e mandados de prisão por crimes cometidos contra palestinos na Cisjordânia ocupada, informa a Agência Anadolu.
Em um artigo publicado pelo jornal israelense Haaretz, Olmert disse que Israel não teria defesa quando fosse acusado de cometer crimes contra os palestinos na Cisjordânia.
“Faço essa advertência porque, se continuarmos a nos reconciliar com os crimes contra os palestinos na Judeia e Samaria (Cisjordânia), sanções sérias e dolorosas serão aplicadas contra Israel, e não teremos uma boa defesa”, disse ele.
“Todo mundo conhece os relatórios sobre os colonos – que atacam, saqueiam, destroem, arruínam, queimam e matam pessoas inocentes – e também atacam soldados israelenses que não estão dispostos a ajudar em seus crimes”, acrescentou.
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“Quantos deles são levados a julgamento? Quantos deles são punidos de acordo com a gravidade de suas ações? Um número marginal”, Olmert questionou a responsabilidade por essas ações.
“Nada disso poderia ter acontecido sem a inspiração, o apoio e o suporte dados pelos líderes mais graduados do país. Em primeiro lugar, (o ministro da Segurança Nacional) Itamar Ben-Gvir e (o ministro das Finanças) Bezalel Smotrich”, acrescentou.
Ele advertiu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, dizendo: “Está chegando o dia em que mandados de prisão serão emitidos contra você pelos crimes que estão sendo cometidos todos os dias na Judeia e Samaria por Israel, com o apoio de seu governo, enquanto você intencionalmente faz vista grossa”.
Ele também advertiu o Ministro da Defesa, Yoav Gallant, e disse: “Haverá também um mandado de prisão (para Gallant). Ele é responsável pela segurança; ele pode agir e lutar contra as políticas imprudentes de Netanyahu e Smotrich”.
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“Estou avisando Ben-Gvir, o ministro de ameaças, incitação e apoio aos jovens do topo da colina – você não evitará mandados de prisão”, concluiu Olmert.
A tensão tem estado alta na Cisjordânia ocupada em meio a uma ofensiva israelense mortal na Faixa de Gaza, que matou quase 38.300 pessoas desde 7 de outubro de 2023.
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