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‘Israel não existirá em 2026 sob Netanyahu’, diz líder da oposição

Avigdor Lieberman, político israelense e presidente do partido Yisrael Beitenu [Lior Mizrahi/Getty Images]

Avigdor Lieberman, político israelense e presidente do partido oposicionista Yisrael Beitenu, alegou que, caso a atual coalizão de governo se mantenha no poder, assim como o atual parlamento (Knesset), “Israel não existirá mais em 2026”.

Em entrevista ao jornal Maariv, Lieberman afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, levará o Estado colonial sionista à “destruição”, ao acusá-lo de ter como único objetivo se manter no poder.

Para Lieberman, o governo fracassou em administrar a guerra em Gaza, assim como falhou em impedir a operação transfronteiriça do Hamas de 7 de outubro.

Lieberman insistiu na tese de que Israel enfrenta “ameaças existenciais”, por meio de uma crise multidimensional sem precedentes desde sua criação, nos campos da política, economia e segurança.

O líder da oposição israelense apontou Netanyahu como maior responsável pelos incidentes de 7 de outubro, ao acusá-lo de prover meios para que o Hamas se fortalecesse em Gaza.

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Lieberman, neste entremeio, aderiu a narrativa colonial ao criticar a libertação de supostos membros do grupo, via acordos prévios de troca de prisioneiros, assim como o fluxo de recursos e capital ao enclave palestino, sob cerco militar há 17 anos.

Lieberman se soma aos apelos de israelenses que tomam as ruas há meses reivindicando a renúncia de Netanyahu e seu governo.

O premiê é acusado de procrastinar a guerra em causa própria, sob receio de que um cessar-fogo resulte no colapso de seu gabinete e em sua eventual prisão por seus três processos por corrupção.

Israel ignora medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e resoluções de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao manter suas operações indiscriminadas contra Gaza, com apoio ocidental, desde 7 de outubro.

Israel é também réu por genocídio na corte em Haia, conforme denúncia da África do Sul, deferida em janeiro.

A promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia, pediu mandados de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, além de três líderes do grupo Hamas. O requerimento passa agora por uma câmara pré-julgamento.

Em Gaza, ao menos 38.300 palestinos foram mortos por Israel em pouco mais de nove meses, em grande maioria, mulheres e crianças, além de 88.300 feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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