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Exército de Israel se desmente após alegar que matou Deif, comandante da Al-Qassam, no massacre de inocentes em Mawasi

Palestinos inspecionam a área após um ataque israelense atingir os campos de deslocados na área de Al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza, em 13 de julho de 2024. [Abed Rahim Khatib - Agência Anadolu].

O exército israelense retratou ontem uma declaração anterior afirmando que havia matado um comandante sênior das Brigadas Al-Qassam em um ataque aéreo que matou pelo menos 90 pessoas e feriu centenas de outras na “zona segura” de Al-Mawasi em Khan Yunis.

A Rádio do Exército de Israel citou fontes de segurança israelenses não identificadas, dizendo que ainda não há informações de inteligência que confirmem o sucesso da tentativa de assassinato do comandante-chefe das Brigadas Izz Al-Din Al-Qassam, Muhammad Al-Deif, acrescentando que “até o momento, não foram recebidas novas informações de inteligência que permitam reforçar ou provar a veracidade do assassinato de Deif”.

“Ainda estamos esperando por mais informações que esclareçam os resultados do ataque”, acrescentaram.

A Rádio do Exército afirmou que Al-Deif estava escondido no sul da Faixa de Gaza desde o início da guerra, acrescentando que na maior parte do tempo ele estava em túneis subterrâneos, especialmente sob o campo de refugiados de Khan Yunis.

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“Embora a 98ª Divisão tenha manobrado por quatro meses em Khan Yunis, não se sabe se as tropas se aproximaram de Deif ou chegaram ao local onde ele estava hospedado”, informou a estação de rádio.

“As estimativas israelenses indicam que apenas recentemente Deif se permitiu sair dos túneis, devido ao estado avançado das negociações sobre um acordo de troca de prisioneiros, e que ele chegou ao complexo da família Salameh, localizado acima do solo em Al-Mawasi”, acrescentou.

Rafa’a Salameh, o comandante da Brigada Khan Yunis, havia chegado ao local em Al-Mawasi apenas recentemente, explicou, e essa não é a residência permanente da família.

“Portanto, a oportunidade operacional e de inteligência nesse duplo assassinato é considerada extraordinária – dois coelhos gordos com uma cajadada só.”

No sábado à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: “A operação Al-Mawasi teve como alvo Mohammed Deif e seu vice, Rafa’a Salameh, mas até agora não há confirmação de suas mortes”.

O Hamas, no entanto, rechaçou as alegações israelenses sobre a morte do comandante.

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