O exército israelense retratou ontem uma declaração anterior afirmando que havia matado um comandante sênior das Brigadas Al-Qassam em um ataque aéreo que matou pelo menos 90 pessoas e feriu centenas de outras na “zona segura” de Al-Mawasi em Khan Yunis.
A Rádio do Exército de Israel citou fontes de segurança israelenses não identificadas, dizendo que ainda não há informações de inteligência que confirmem o sucesso da tentativa de assassinato do comandante-chefe das Brigadas Izz Al-Din Al-Qassam, Muhammad Al-Deif, acrescentando que “até o momento, não foram recebidas novas informações de inteligência que permitam reforçar ou provar a veracidade do assassinato de Deif”.
“Ainda estamos esperando por mais informações que esclareçam os resultados do ataque”, acrescentaram.
A Rádio do Exército afirmou que Al-Deif estava escondido no sul da Faixa de Gaza desde o início da guerra, acrescentando que na maior parte do tempo ele estava em túneis subterrâneos, especialmente sob o campo de refugiados de Khan Yunis.
“Embora a 98ª Divisão tenha manobrado por quatro meses em Khan Yunis, não se sabe se as tropas se aproximaram de Deif ou chegaram ao local onde ele estava hospedado”, informou a estação de rádio.
“As estimativas israelenses indicam que apenas recentemente Deif se permitiu sair dos túneis, devido ao estado avançado das negociações sobre um acordo de troca de prisioneiros, e que ele chegou ao complexo da família Salameh, localizado acima do solo em Al-Mawasi”, acrescentou.
Rafa’a Salameh, o comandante da Brigada Khan Yunis, havia chegado ao local em Al-Mawasi apenas recentemente, explicou, e essa não é a residência permanente da família.
“Portanto, a oportunidade operacional e de inteligência nesse duplo assassinato é considerada extraordinária – dois coelhos gordos com uma cajadada só.”
No sábado à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou: “A operação Al-Mawasi teve como alvo Mohammed Deif e seu vice, Rafa’a Salameh, mas até agora não há confirmação de suas mortes”.
O Hamas, no entanto, rechaçou as alegações israelenses sobre a morte do comandante.