O governo de Gaza disse no sábado que Israel está “espalhando notícias falsas” sobre alvejar líderes do Hamas para desviar a atenção de seu ataque mortal a barracas de palestinos deslocados em Al-Mawasi, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, informa a Agência Anadolu.
Israel tem praticado “uma política de engano repetidamente desde o início de sua ofensiva, em uma tentativa de encobrir suas falhas e crimes contra civis e deslocados, especialmente entre crianças e mulheres”, disse o Escritório de Mídia de Gaza em um comunicado.
O escritório também condenou o que chamou de “uso de engano da mídia por parte de Israel, espalhando notícias falsas, rumores e mentiras na tentativa de desviar a atenção de seus crimes contínuos contra nosso povo palestino”.
Ele considerou Israel e os EUA “totalmente responsáveis pela continuação desses horríveis massacres de civis e por usar o engano da mídia como meio de desviar a atenção do público da verdade e contar narrativas fabricadas e falsas”.
LEIA: ‘Israel está perdendo a guerra em Gaza’, alerta líder da oposição
O escritório convocou a comunidade internacional, a ONU, grupos internacionais e todos os países do mundo para pressionar Israel e os EUA “a interromper o genocídio e o derramamento de sangue contínuo na Faixa de Gaza e a processar legalmente Israel”.
Alegações, mas sem provas
O ataque na manhã de sábado matou mais de 71 palestinos e feriu outros 289, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Após o ataque, o jornal israelense Hayom afirmou, sem fornecer nenhuma evidência, que o principal objetivo do ataque aéreo era eliminar Mohammed Deif, comandante-chefe das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas.
A Rádio do Exército israelense também afirmou que o ataque teve como alvo uma “figura importante” do Hamas, mas o resultado é desconhecido.
Israel, desrespeitando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo imediato, tem enfrentado condenação internacional em meio à sua contínua e brutal ofensiva em Gaza desde o ataque de 7 de outubro do grupo palestino Hamas.
LEIA: ‘Israel não existirá em 2026 sob Netanyahu’, diz líder da oposição