Os militares israelenses expandiram seus ataques terrestres, aéreos e marítimos em várias áreas da Faixa de Gaza ontem. Essa escalada ocorreu após um dos massacres mais horríveis da região, que teve como alvo as tendas de pessoas deslocadas na área de Al-Mawasi, em Khan Yunis, resultando em dezenas de mártires e feridos.
O exército israelense cometeu quatro massacres contra famílias em Gaza nas últimas 24 horas, com 141 mártires e 400 feridos registrados em hospitais. De acordo com as últimas estatísticas do Ministério da Saúde, 38.584 palestinos foram mortos desde 7 de outubro e 88.881 ficaram feridos, mas fontes indicam que os números podem ser bem maiores, pela dificuldades de localização e registro dos corpos.
No local, a artilharia israelense voltou a bombardear áreas residenciais e abrigos para os deslocados, tendo como alvo o campo de Al-Shabora em Rafah, a rua Al-Sahaba na Cidade de Gaza e um local na área de Al-Maghraqa, no centro de Gaza.
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Os ataques aéreos israelenses também atingiram o norte de Nuseirat, na região central de Gaza, uma casa no bairro de Qudaih, na cidade de Abasan Al-Kabira, na província de Khan Yunis, uma casa na rua Salah Al-Din, em frente ao campo de Al-Bureij, e uma casa próxima ao edifício Al-Lulu, no campo de Nuseirat.
Enquanto isso, duas fontes de segurança egípcias disseram à Reuters que as conversas sobre o cessar-fogo em Gaza foram interrompidas após três dias de negociações intensas que não produziram resultados práticos. As fontes indicaram que o comportamento dos negociadores israelenses sugere “desacordo interno”.