Na sexta-feira, um tribunal tunisiano condenou o líder da oposição, Lotfi Mraihi, a oito meses de prisão e à proibição vitalícia de concorrer à presidência, sob a acusação de receber fundos para influenciar os eleitores, informa a Agência Anadolu.
De acordo com a rádio local Mosaique, o tribunal proibiu Mraihi, líder do Partido da União Republicana e um dos maiores críticos do presidente Kais Saied, de concorrer às eleições presidenciais pelo resto de sua vida e o condenou a oito meses de prisão por receber fundos para influenciar eleitores.
O tribunal condenou um funcionário do partido a oito meses de prisão e a uma multa de 1.000 dinares tunisianos (US$ 322), bem como o proprietário de uma companhia de seguros e duas outras pessoas, sem mencionar seus nomes no mesmo caso, informou a rádio.
No início de julho, as forças de segurança tunisianas prenderam Mraihi sob suspeita de lavagem de dinheiro, contrabando de bens e abertura de contas bancárias fora do país sem autorização do Banco Central.
Em abril, Mraihi anunciou sua candidatura à presidência, citando a “deterioração social e econômica” do país.
O presidente Saied, em 2 de julho, anunciou que a eleição presidencial no país seria realizada em 6 de outubro.
A principal coalizão de oposição, a Frente de Salvação Nacional, anunciou em abril que boicotaria a eleição presidencial devido à falta de concorrência e à prisão de oponentes políticos.
A oposição boicotou as eleições parlamentares de dezembro de 2022, bem como as eleições municipais locais realizadas em dezembro passado e no início deste ano.
A Tunísia tem enfrentado uma profunda crise política que piorou as condições econômicas do país desde 2021, quando Saied depôs o governo e dissolveu o parlamento.