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Mortes de crianças por Israel na Cisjordânia sobe 250%, alerta Unicef

Palestinos feridos, incluindo crianças, transferidos ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, após ataques de Israel ao campo de refugiados de Maghazi, na região de Deir al-Balah, no centro de Gaza, em 15 de julho de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) reportou um aumento de 250% no número de crianças palestinas mortas por Israel na Cisjordânia ocupada desde o início da ofensiva militar contra Gaza, em 7 de outubro.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (22), a Unicef confirmou que ao menos 143 crianças foram mortas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, desde outubro, ao refletir aumento de 250% em apenas nove meses.

Em comparação, entre janeiro e setembro de 2023, quarenta e uma crianças palestinas foram mortas pelas forças da ocupação israelense.

A agência das Nações Unidas observou que ao menos 440 crianças palestinas sofreram ferimentos por munição real desde outubro, à medida que soldados e colonos de Israel intensificaram violações na Cisjordânia, incluindo pogroms contra cidades e aldeias.

Em média, uma criança palestina foi assassinada a cada dois dias por Israel nos últimos nove meses, para além das fatalidades em Gaza — entre as crianças, estimadas em ao menos 15 mil vítimas.

LEIA: Interdição da infância: vigilância na vida de crianças palestinas e o projeto colonial de Israel

“As crianças que vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental são expostas a violência hedionda há anos”, alertou Catherine Russell, diretora executiva da Unicef. “A situação tem se deteriorado bastante com a escalada em Gaza”.

“Há ainda relatos de crianças palestinas detidas a caminho da escola para a casa ou até mesmo baleadas enquanto simplesmente caminham nas ruas”, acrescentou. “Tamanha violência tem de acabar já”.

Metade dos assassinatos incidiram nas províncias de Jenin, Tulkarm e Nablus, segundo a análise. “Tais áreas vivenciaram um grande aumento nas operações de policiamento de larga escala e natureza militar, nos últimos dois anos”.

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