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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Não é exceção’, destaca UNRWA sobre ataque de Israel a comboio humanitário

Palestinos e trabalhadores humanitários examinam tendas destruídas por ataques israelenses a uma escola-abrigo da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), no campo de refugiados de Nuseirat, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, 15 de julho de 2024 [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

Forças da ocupação israelense dispararam contra um comboio humanitário das Nações Unidas que seguia a caminho da Cidade de Gaza no domingo (21), confirmou a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), ao reiterar que não se trata de um caso isolado.

Inas Hamdan, diretora de comunicação da agência, enfatizou não se tratar da primeira vez que Israel ataca trabalhadores humanitários, ao notar que o comboio passava pelo norte da Cidade de Gaza quando foi alvejado por artilharia pesada.

Não há confirmação de baixas até então.

Hamdan indicou, no entanto, danos graves ao veículo, embora tenha coordenado o seu trajeto antecipadamente com o lado israelense.

“Comboios que viajam por Gaza não deveriam ser alvejados e o que aconteceu é uma violação da lei internacional, em particular, porque este comboio realizou coordenação prévia”, destacou Hamdan. “O que aconteceu se soma à lista de violações”.

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No domingo, a UNRWA reportou o ataque israelense a um comboio das Nações Unidas.

O comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, relatou na rede social X (Twitter) que um veículo de sua agência fora alvejado por ao menos cinco balas enquanto aguardava passagem em um checkpoint militar israelense no centro de Gaza.

Conforme Lazzarini, “as equipes viajavam em veículos blindados claramente marcados com logotipo das Nações Unidas e vestiam coletes da ONU”.

Israel ignora medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e resoluções de cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao manter suas operações indiscriminadas contra Gaza desde 7 de outubro.

O Estado israelense é réu por genocídio no tribunal em Haia, sob denúncia sul-africana, deferida em janeiro. Entre as medidas desacatadas, está permitir o fluxo humanitário contínuo e suspender sua campanha em Rafah, no extremo sul de Gaza, que abriga até 1.5 milhão de refugiados.

Em Gaza, Israel matou ao menos 39 mil palestinos — em maioria, mulheres e crianças — além de 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

A destruição não poupou hospitais, escolas e abrigos.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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Palestina: quatro mil anos de história
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