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Próximos dias mudarão a balança de poder na região, afirmam houthis

Ataque aéreo israelense à cidade portuária de Hudaydah, no Iêmen, em 20 de julho de 2024 [Agência Anadolu]

O movimento houthi, que administra o Iêmen, disse que não pretende procrastinar sua resposta ao ataque aéreo israelense contra a cidade portuária de Hudaydah, ao alertar que “os próximos dias serão cheios de surpresas”.

“O escopo de nossos objetivos na Palestina ocupada será amplo e abrangente. O Iêmen tem vantagem e capacidades para mudar a balança de poder na região e conquistar a vitória”, comentou nesta segunda-feira (22) Ali al-Qahum, membro do gabinete político do grupo iemenita.

No sábado (20), jatos de guerra israelenses lançaram uma bombardeios contra tanques de combustível no porto de Hudaydah, além de depósitos de óleo diesel na usina de al-Katheeb, na mesma cidade.

O movimento Ansar Allah — nome oficial dos houthis — prometeu reagir contra “alvos vitais” em Israel, ao declarar Tel Aviv como “zona de risco”.

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Os houthis advertiram ainda se prepararem a “uma guerra prolongada até que Israel dê fim aos ataques e ao cerco impostos contra o povo palestino”.

Segundo o Ministério da Saúde do Iêmen, seis pessoas foram mortas e 83 feridas pelos bombardeios israelenses a Hudaydah.

Israel afirmou retaliar a ataque a drone contra Tel Aviv na sexta-feira (19), deixando um morto e dez feridos. O aparato militar, reivindicado pelos houthis, passou despercebido pelo multibilionário sistema de defesa israelense.

A ação de sábado marca o primeiro ataque direto de Israel contra os houthis no Iêmen. Os houthis conduzem um embargo de facto à navegação israelense no Mar Vermelho desde outubro, contra o genocídio conduzido em Gaza.

Em resposta, Estados Unidos e Grã-Bretanha bombardearam o Iêmen.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando 39 mil mortos e 90 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados.

O exército israelense também troca disparos diários com o grupo Hezbollah no Líbano, além de lançar ataques esporádicos na Síria e ameaçar avanços por toda a região — em particular, contra o Irã.

Há receios de propagação da guerra.

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