A Autoridade Islâmica Cristã para Tutela de Jerusalém e Seus Lugares Sagrados advertiu para postagens nas redes sociais de um grupo supremacista judaico incitando colonos a invadir e atacar em massa a Mesquita de Al-Aqsa, para celebrar o que descrevem como “a queda do muro de Jerusalém”, reportou o Centro de Informações Palestino.
Em nota emitida nesta terça-feira (23), a organização plurirreligiosa observou profunda apreensão em tamanha escalada sem precedentes das violações da ocupação contra a Mesquita de Al-Aqsa, terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos.
Segundo o alerta, trata-se de esforços para impor “fatos consumados” e alterar o status quo legal e religioso dos santuários em Jerusalém.
Neste mesmo contexto, o ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir — conhecido por declarações racistas e inflamatórias — prometeu remover restrições aos ritos judaicos no complexo islâmico.
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Ao falar ao parlamento israelense (Knesset), Ben-Gvir insistiu que o “Templo do Monte [como colonos fundamentalistas descrevem o complexo de Al-Aqsa] está passando por mudanças”, em referência à invasão de colonos, intensificada nos últimos meses.
Neste sentido, a Autoridade Islâmica Cristã instou os palestinos a ampliar sua presença em Al-Aqsa, para protegê-la das violações coloniais.
Jerusalém Oriental — onde está Al-Aqsa e outros santuários islâmicos e cristãos — é designada como território ocupado desde 1967, cuja presença contínua de soldados e colonos de Israel é ilegal, como corroborado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, na última semana.
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Colonos e lideranças israelenses reivindicam ainda a demolição de Al-Aqsa, Patrimônio da Humanidade conforme o Fundo das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), para dar lugar ao suposto santuário da Antiguidade.