O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano ao executivo nas eleições de novembro, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (23) que receberá o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, em Mar-a-Lago, sua residência no estado da Flórida.
As informações são das agências de notícias Anadolu e Al Jazeera.
“Ansioso par encontrar Bibi Netanyahu em Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, nesta quinta-feira (25)”, declarou Trump em sua plataforma de rede social Truth.
“Em meu primeiro mandato, tivemos Paz e Estabilidade na Região [sic], até mesmo ao assinar os históricos Acordos de Abraão”, afirmou Trump, em referência à normalização de laços entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
“Teremos novamente”, insistiu o candidato. “Assim como tive discussões o presidente [da Ucrânia, Volodymyr] Zelenskyy e outros líderes globais nas últimas semanas, minha Agenda PAZ PELA FORÇA mostrará a todos que essas guerras e conflitos têm de acabar. Milhões estão morrendo e Kamala Harris não é capaz de acabar com isso”.
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Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, está cotada para substituir o atual mandatário Joe Biden na corrida presidencial, após este desistir do pleito no último fim de semana.
Netanyahu e Trump compartilham ideários supremacistas e de ultradireita. No primeiro mandato de Trump (2017–2021), os Estados Unidos transferiram sua embaixada de Tel Aviv e Jerusalém ocupada, em violação da lei e do consenso internacional.
Trump chegou a criticar Netanyahu por suas falhas de segurança sobre as operações do Hamas de 7 de outubro, mas defendeu que Israel deve “terminar o trabalho” em Gaza, onde 39 mil pessoas foram mortas pela campanha ocupante.
O premiê israelense — com mandado de prisão requerido pela promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia — viajou a Washington a convite de congressistas de ambos os partidos para realizar um discurso no Capitólio.
Biden também se reunirá com Netanyahu na quinta-feira.
Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro. As ações israelenses em Gaza, com apoio ocidental, são punição coletiva e crime de guerra e lesa-humanidade.