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Alemanha manterá envio de armas a Israel, promete Schölz

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, encontra-se com o chanceler da Alemanha, Olaf Schölz, em Jerusalém ocupada, 17 de março de 2024 [Leo Correa/AFP via Getty Images]

O chanceler da Alemanha, Olaf Schölz, disse que seu governo manterá a exportação de armas a Israel, sem qualquer mudança política, apesar do genocídio em curso na Faixa de Gaza, reportou a agência de notícias Anadolu.

Schölz insistiu em rechaçar apelos legítimos da sociedade civil por boicotes de serviços e produtos que beneficiam ou lucram com os abusos israelenses na Palestina histórica, ao alegar que “francamente, considero essas demandas repulsivas”.

Em abril, a Alemanha enfrentou acusações no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, por “facilitar a execução de genocídio” contra os palestinos de Gaza, ao auxiliar e coordenar ações com Israel.

A corte das Nações Unidas rejeitou a moção da Nicarágua por medidas cautelares para banir a venda de armas alemãs a Israel, embora sob a alegação de enxergar uma queda considerável nas exportações militares do país à ocupação.

LEIA: Cúmplice de genocídio: de onde Israel obtém suas armas?

Desde então, não obstante, outras medidas foram deferidas contra Israel, incluindo ao ordenar o fim da campanha militar em Rafah, no extremo sul de Gaza, e reconhecer a ilegalidade da ocupação e dos assentamentos na Cisjordânia.

Desde 2005, a sociedade civil palestina e internacional mobiliza a campanha de BDS — Boicote, Desinvestimento e Sanções —, nos moldes da luta contra o apartheid na África do Sul. Alguns países, como Alemanha, buscam criminalizar os protestos.

Desde a deflagração do genocídio em Gaza, a Alemanha apelou a uma distorção de sua própria responsabilidade pelo Holocausto nazista para defender as violações de Israel, incluindo ao projetar práticas de antissemitismo aos palestinos, como ao expulsá-los de universidades ou negar sua cidadania, ao descrevê-los como “apátridas”.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza desde 7 de outubro, deixando ao menos 39 mil mortos e 90 mil feridos até então, além de dez mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, 15 mil são crianças.

As ações israelenses desacatam medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana, além de resoluções por um cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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