Ao menos 129 palestinos foram mortos, além de 416 feridos, por uma nova operação militar israelense contra a cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, em apenas três dias, reportaram autoridades locais nesta quarta-feira (24).
O exército israelense lançou um “ataque surpresa” contra os bairros leste da cidade ao emitir ordens para que os residentes, sobretudo palestinos deslocados sucessivas vezes pelos bombardeios, evacuassem “imediatamente” a área.
A região for a designada pelo próprio exército ocupante como “zona segura”; contudo, voltou a ser atacada.
De acordo com o gabinete de imprensa do governo em Gaza, 44 pessoas permanecem desaparecidas após os ataques de Israel.
Segundo o informe, oficiais receberam cerca de 1.350 chamadas de socorro de famílias presas no leste de Khan Younis, diante da mais recente escalada de Israel.
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Ao menos 237 residências civis foram bombardeadas.
“A destruição sistemática de Israel da cidade de Khan Younis, incluindo disparos diretos e deliberados contra civis e bombardeios indiscriminados a bairros residenciais, é uma continuação do genocídio e da limpeza étnica”, comentou em nota o Hamas.
“A ocupação está destruindo o que restou dos marcos da vida para que todo o mundo veja, incapaz, no entanto, de dissuadi-la”, acrescentou a nota.
O movimento palestino instou a comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) a “ir além do repúdio e adotar medidas práticas para cessar a agressão e responsabilizar os criminosos de guerra do regime sionista”.
Israel ignora uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para realizar negociações por um cessar-fogo, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, pelo fim do genocídio.
Em Gaza, ao menos 39.100 palestinos foram mortos, sobretudo mulheres e crianças, e outros 90 mil ficaram feridos, além de dois milhões de desabrigados.
Após quase dez meses de campanha israelense, o enclave está em ruínas, sem comida, água, combustível ou medicamentos.
As ações israelenses são punição coletiva e genocídio.