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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel usa água como arma de guerra em Gaza, alerta Oxfam

Palestinos fazem fila para obter água potável de caminhões assistenciais, no campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza, 18 de junho de 2024 [Mohammed Asad/MEMO]

Israel vem “sistematicamente usando a água como arma de guerra contra os palestinos de Gaza”, ao demonstrar desdém à vida humana e à lei internacional, advertiu a Oxfam — confederação humanitária internacional — em novo relatório.

O dossiê, intitulado “Water War Crimes” — ou “Os crimes de guerra da água” —, expõe não apenas os cortes israelenses de suprimentos externos de água, como a destruição de instalações hídricas e obstrução do socorro humanitário, ao reduzir o acesso à água em Gaza em 94%.

“Israel destruiu 70% da infraestrutura de bombeamento de esgoto e todas as estações de tratamento de esgoto, além dos principais laboratórios de testagem da qualidade da água em Gaza”, reportou a Oxfam.

Além disso, o regime israelense restringiu deliberadamente a entrada de equipamentos de testagem, ao limitar os meios de monitoria da crise, acrescentou o estudo.

“A Cidade de Gaza perdeu quase totalmente sua capacidade de produção e tratamento de água, com 88% de seus poços e todas as suas usinas de dessalinização destruídas ou danificadas”, detalhou a Oxfam.

LEIA: ‘Não há justificativa para a fome como arma de guerra’, afirma Oxfam

O relatório destacou também o impacto severo da escassez extrema de água potável e saneamento na saúde dos palestinos de Gaza, sob cerco militar em uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.

Segundo o dossiê, mais de um quarto da população contraiu doenças graves e evitáveis devido às condições impostas pela campanha de Israel.

“Já vimos o uso israelense de punição coletiva e da fome como arma de guerra. Agora, testemunhamos o uso da água como arma, o que já resulta em consequências letais”, comentou Lama Abdul Samad, especialista em água e saneamento da Oxfam.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro, deixando 39 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, em torno de 15 mil são crianças. Hospitais, escolas e abrigos não foram poupados.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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