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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Reino Unido recua, decide não refutar Haia sobre Netanyahu

Bandeira do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, em 29 de março de 2022 [Alex Gottschalk/DeFodi Images via Getty Images]

O novo governo trabalhista do Reino Unido confirmou nesta sexta-feira (26) seu recuo sobre as intenções do ex-premiê Rishi Sunak de contestar a jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os mandados de prisão requeridos contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.

As informações são da agência de notícias Reuters.

“Sobre a petição”, informou a jornalistas um porta-voz do novo primeiro-ministro, Keir Starmer, “posso confirmar que o governo não seguirá [com a medida], conforme nossa posição de longa data sobre o tópico, para que a corte tenha decisão”.

Em maio, o promotor-chefe da corte sediada em Haia, Karim Khan, solicitou mandados de prisão contra ambos os líderes israelenses e três lideranças do Hamas por crimes de guerra. O requerimento deve ser analisado por um painel pré-julgamento.

Documentos judiciais vazados em junho expuseram que o Reino Unido — membro da corte — registrou um pedido de notas por escrito para questionar se os juízes “podem exercer jurisdição sobre cidadãos israelenses, em circunstâncias nas quais a Palestina não tem jurisdição penal sobre eles sob os Acordos de Oslo”.

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Desde então, porém, o governo conservador foi substituído pelos trabalhistas, após as eleições de 4 de julho.

Segundo relatos, os Estados Unidos estariam pressionando o novo gabinete britânico a manter sua refutação legal, dado que “não são Estado-membro e esperam que o Reino Unido acompanhe a matéria em seu lugar”.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza desde 7 de outubro, deixando ao menos 39.006 mortos até então e 89.818 feridos, além de dez mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, 15 mil são crianças.

Hospitais, escolas e abrigos das Nações Unidas não foram poupados.

Israel ignora ainda medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana, além de resoluções por um cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As ações israelenses são punição coletiva e crime de genocídio.

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