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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘UNRWA não é terrorista’, reiteram EUA ao refutar designação de Israel

“A UNRWA não é uma organização terrorista”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em coletiva de imprensa nesta semana. Segundo Miller, os esforços de Israel para criminalizar a agência são contraproducentes. Os Estados Unidos, insistiu Miller, continuam a apoiar Gaza via ONU, embora não envie recursos à UNRWA no momento.

A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) “não é uma organização terrorista”, ressaltou nesta quinta-feira (25) Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, ao instar o governo israelense a reverter esforços para criminalizar a entidade.

“Nos mantivemos claros sobre a importância do papel da UNRWA em entregar socorro humanitário e outras formas de assistência crítica aos palestinos de Gaza — e, de fato, em toda a região, não apenas Gaza”, comentou Miller em coletiva de imprensa.

“Como sabem, estamos atualmente barrados por decreto de enviar assistência através da UNRWA, mas isso não significa que não apoiamos seu trabalho ou outras formas de levar ajuda humanitária”, observou, em referência à adesão de Washington a fake news israelenses sobre a participação de funcionários da UNRWA na ação transfronteiriça do Hamas de 7 de outubro, disseminadas em janeiro.

Sem provas, contudo, Estados Unidos e outros países cortaram doações à organização, apesar da catástrofe humanitária em Gaza, incluindo fome. Desde então, a maioria dos Estados ocidentais retomou seus envios, incluindo recentemente o Reino Unido.

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Na segunda-feira (22), o parlamento israelense (Knesset) deferiu a leitura preliminar de um projeto de lei para criminalizar a UNRWA como “organização terrorista”. O projeto segue agora a um comitê parlamentar para deliberação.

Miller reconheceu os danos causados pelas ações de Tel Aviv: “Os ataques postos pelo governo israelense contra a UNRWA são incrivelmente contraproducentes. De fato, não avançam em nada na busca por assistência humanitária aos civis da região”.

A UNRWA emprega mais de 30 mil pessoas e provê serviços essenciais a 5.9 milhões de refugiados palestinos por toda a região.

Para Israel, a existência da UNRWA equivale à prevalência do problema dos refugiados, a quem o regime ocupante nega o direito de retorno desde a Nakba, ou catástrofe, em 1948, quando 800 mil palestinos foram expulsos de suas terras ancestrais.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do grupo Hamas que capturou colonos e soldados.

A campanha israelense, como punição coletiva, deixou mais de 39 mil mortos e 90 mil feridos até então, além de dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses desacatam também medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana, além de resoluções por um cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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