Os voos no Aeroporto Internacional Rafic Hariri, em Beirute, foram retomados na segunda-feira, depois que as companhias aéreas relataram atrasos e cancelamentos, informa a Agência Anadolu.
Os dados on-line do aeroporto indicaram que vários voos aterrissaram na manhã de segunda-feira de destinos importantes, incluindo Amã, Dubai, Doha e Larnaca.
No entanto, as partidas matinais do aeroporto prosseguiram conforme programado, enquanto alguns voos para destinos importantes, como Frankfurt, Amsterdã e Suécia, foram cancelados.
Na noite de domingo, a Middle East Airlines (MEA), a companhia aérea nacional do Líbano, anunciou o adiamento de alguns voos de retorno a Beirute de domingo para a manhã de segunda-feira. A decisão foi tomada em meio a ameaças israelenses de ação militar contra o Líbano.
A MEA tem sede em Beirute e opera voos para vários destinos no Oriente Médio, Europa, África e outros.
Fontes da mídia local também informaram que companhias aéreas estrangeiras, incluindo Qatar Airways, Transavia e Eurowings, cancelaram seus voos para Beirute na noite de domingo.
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A escalada das ameaças israelenses atingiu um nível febril após um ataque com mísseis no sábado nas colinas ocupadas de Golã, na Síria, tendo como alvo a cidade de Majdal Shams.
O ataque resultou na morte de 12 membros da comunidade drusa, a maioria crianças, e deixou cerca de 40 feridos.
Embora Israel tenha responsabilizado o Hezbollah pelo ataque de sábado em Majdal Shams, o grupo negou qualquer responsabilidade.
De acordo com a Rádio do Exército de Israel, os militares formularam cenários para um possível ataque ao Hezbollah e os colocaram sobre a mesa para discussões em nível político para avaliar a situação.
As discussões abordaram a possibilidade de “empreender uma ação militar mais severa” no Líbano, disse a emissora.
No sábado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que o Hezbollah “pagará um preço alto” pelo ataque.
Cresceram os temores de uma guerra total entre Israel e o Hezbollah em meio a uma troca de ataques transfronteiriços entre os dois lados.
A escalada ocorre no contexto de um ataque israelense mortal em Gaza, que matou mais de 39.300 pessoas desde outubro passado, após um ataque do grupo de resistência palestino Hamas. O número de mortos e feridos deve ser bem maior, dada a dificuldade de localizar e identificar as vítimas.