Sete prisioneiros palestinos tentaram cometer suicídio no presídio militar israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, devido à “brutalidade dos carcereiros”, reportaram neste domingo (28) autoridades palestinas.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Os prisioneiros são submetidos a espancamentos durante sua prisão e em custódia”, destacou em nota a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros da Palestina. “Se um preso se atrasa para a contagem ou não consegue acordar às 4 horas da madrugada, apanha ou sofre agressões”.
“Sujeitos a fome e negligência médica, alguns prisioneiros chegam a preferir a morte e o martírio do que uma vida miserável”, acrescentou a nota.
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Neste mesmo contexto, forças israelenses prenderam outros seis palestinos, incluindo dois menores, em invasões militares na Cisjordânia, no domingo, reportou a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, ong de direitos humanos que trata dos presos políticos.
As novas prisões levam o número de palestinos em custódia da ocupação a ao menos 9.845 detidos, a maioria dos quais apreendida desde outubro de 2023, no contexto do genocídio em Gaza.
No enclave costeiro, Israel deixou ao menos 39.300 mortos e 90 mil feridos.
Na Cisjordânia, são 592 mortos e 5.400 feridos.
A maioria dos presos palestinos continua em custódia sob detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Em 19 de julho, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em decisão histórica, declarou como ilegal a ocupação israelense de décadas sobre as terras palestinas ao requerer o pleno desmonte dos assentamentos coloniais na Cisjordânia e em Jerusalém.