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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Crianças de Gaza sofrem com epidemias de doenças de pele

Criança palestina com doença de pele, em meio a epidemias que assolam Gaza sob os ataques de Israel, em 26 de julho de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]

Palestinos, sobretudo crianças, enfrentam uma epidemia de doenças de pele em Gaza, sob o cerco e os bombardeios de Israel, revelaram médicos locais.

“Infecções de pele estão se espalhando entre os deslocados devido à falta de higiene, má ventilação e carência de cuidados adequados”, comentou o dr. Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza.

Conforme o médico, crianças infectadas sofrem de febre alta, incluindo bebês doentes que acabam por rejeitar o leite materno.

Abu Safiya alertou que, em alguns casos, as doenças evoluíram a infecções de sangue, incluindo sépsis, levando a fatalidades.

Imagens de crianças palestinas com doenças de pele em Gaza viralizaram online, com marcas por todo o corpo, incluindo o rosto.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os médicos enfrentam ao menos 103 mil casos de sarna e piolho, além de 65 mil casos que exibem erupções cutâneas.

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A Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) alertou que famílias em Gaza vivem em “condições desumanas”, sem água, higiene ou saneamento, levando à propagação de doenças.

Conforme a agência da ONU, Gaza demanda “maior acesso humanitário, sobretudo de insumos combustíveis, para permitir a provisão de água potável, além de suprimentos de higiene básica, incluindo sabão”.

A OMS e outras agências alertam também a disseminação da poliomielite, após traços do vírus serem encontrados em amostras de esgoto. Desde então, a OMS anunciou o envio de um milhão de vacinas contra a pólio a Gaza.

Israel mantém ataques indiscriminados ao enclave palestinos desde outubro, deixando ao menos 39 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de deslocados.

Hospitais, escolas e abrigos não foram poupados.

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