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Registros judiciais e periciais expõem abusos letais contra palestinos detidos

Palestinos detidos durante os ataques de Israel ao Hospital al-Shifa, liberados após meses sob custódia da ocupação, chegam ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa para receber cuidados, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 24 de março de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Documentos judiciais e periciais, incluindo autópsias, somaram-se às provas de abusos letais cometidos pelas autoridades carcerárias israelenses contra os palestinos detidos, reportou na segunda-feira (29) o jornal americano The Washington Post.

Relatos recordam detalhes das mortes em custódia, corroborados por membros da ong Médicos por Direitos Humanos — Israel (PHRI), que monitoraram as autópsias.

Segundo os médicos, três homens estão entre os 13 palestinos da Cisjordânia ocupada e do território designado Israel que faleceram nas cadeias de Israel desde outubro, no contexto do genocídio em Gaza.

Os números de palestinos de Gaza mortos em custódia, porém, continuam incertos

LEIA: ‘Tentativa de matá-los’, alertam ongs sobre violações contra prisioneiros palestinos

Grupos de direitos humanos reiteram que as condições de superlotação e maus tratos nas cadeias de Israel pioraram gravemente nos últimos dez meses, com mais de dez mil palestinos detidos, a maioria sem julgamento ou acusação — reféns, por definição.

Prisioneiros palestinos libertados recentemente denunciam espancamentos de rotina, incluindo com cachorros e choques elétricos, além de falta de alimentação adequada, negligência médica e abusos psicológicos.

“A violência está em toda a parte”, reafirmou Jessica Montell, diretora executiva da ong israelense Hamoked, ao Washington Post. “Há superlotação. Todos os prisioneiros com quem conversamos perderam mais de 15 quilos”.

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