Documentos judiciais e periciais, incluindo autópsias, somaram-se às provas de abusos letais cometidos pelas autoridades carcerárias israelenses contra os palestinos detidos, reportou na segunda-feira (29) o jornal americano The Washington Post.
Relatos recordam detalhes das mortes em custódia, corroborados por membros da ong Médicos por Direitos Humanos — Israel (PHRI), que monitoraram as autópsias.
Segundo os médicos, três homens estão entre os 13 palestinos da Cisjordânia ocupada e do território designado Israel que faleceram nas cadeias de Israel desde outubro, no contexto do genocídio em Gaza.
Os números de palestinos de Gaza mortos em custódia, porém, continuam incertos
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Grupos de direitos humanos reiteram que as condições de superlotação e maus tratos nas cadeias de Israel pioraram gravemente nos últimos dez meses, com mais de dez mil palestinos detidos, a maioria sem julgamento ou acusação — reféns, por definição.
Prisioneiros palestinos libertados recentemente denunciam espancamentos de rotina, incluindo com cachorros e choques elétricos, além de falta de alimentação adequada, negligência médica e abusos psicológicos.
“A violência está em toda a parte”, reafirmou Jessica Montell, diretora executiva da ong israelense Hamoked, ao Washington Post. “Há superlotação. Todos os prisioneiros com quem conversamos perderam mais de 15 quilos”.