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A guerra será diferente após a morte de Haniyeh, afirmam Hamas e Irã

O chefe do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Istambul, Turquia, em 20 de abril de 2024. [Arif Hüdaverdi Yaman/Agência Anadolu]

Haniyeh estava em Teerã para participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano Masoud Pezeshkian na terça-feira (30) e foi assassinado na manhã de quarta-feira.

“No início desta manhã, a residência de Ismail Haniyeh em Teerã foi atingida, resultando no seu martírio e no de um de seus guardas. A causa está sendo investigada e será anunciada em breve”, informou nesta quarta-feira a Guarda Revolucionária do Irã.

Haniyeh estava em Teerã para participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano Masoud Pezeshkian na terça-feira (30), que declarou:

“Ontem, levantei sua mão vitoriosa e hoje tenho que carregar seu caixão nos ombros. O Irã afirma que o assassinato de Haniyeh tornará os laços entre o Irã e a Palestina mais fortes do que antes, e “o caminho da resistência e da defesa dos oprimidos será seguido mais forte do que nunca’. O líder iraniano, aiatolá Khamenei, prometeu “punição severa” contra Israel e declarou três dias de luto nacional. O Irã afirma que defenderá a integridade territorial e a honra palestina “e fará com que os ocupantes terroristas se arrependam de sua ação covarde”.

O vice-presidente do Irã, Mohammad-Reza Aref, disse em uma mensagem que o martírio de Haniyeh o é uma das consequências do silêncio da comunidade internacional contra os crimes contínuos do regime sionista e a clara violação das normas internacionais. Ele afirmou que Israel “calculou mal ao expandir o círculo de agressão e assassinar líderes da resistência em várias áreas, além de violar a soberania dos países da região”.

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Ao calar uma figura chave nas negociações de cessar-fogo a partir do Catar, o assassinato de Haniyeh atribuido a uma ação planejada de Israel – que não se pronunciou ainda – indica que o lado sionista não tem interesse no fim da guerra de Israel em Gaza. Pelo contrário, as Brigadas Al-Qassam disseram que o assassinato de Haniyeh “transformará a batalha em novas dimensões, com grandes consequências para toda a região”.O ex-embaixador do Irã no Azerbaijão, Abbas Mousavi, declarou que os iranianos apoiarão a causa palestina de forma diferente após o martírio.

Haniyeh tinha 62 anos. Nascido em 29 de janeiro de 1962 no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza. Ele foi preso por Israel durante a Primeira Intifada, em 1989, e depois foi deixado em 1992 junto com outras lideranças em uma “terra de ninguém” na fronteira com o Líbano. Ele sobreviveu foi eleito chefe do departamento político do Hamas em 2017, passando a viver no Catar.

Ele em 2006, quando o Hamas venceu as eleições nacionais palestinas, em 2006, ele  foi nomeado primeiro-ministro palestino, mas o resultado não foi aceito por Israel e os Estados Unidos , ficando a Cisjordânia sob comando do Fatah e o comando da resistência na Faixa de Gaza administrada pelo Hamas.

O Yedioth Ahronoth, um jornal diário israelense, disse na quarta-feira que, após os assassinatos de Haniyeh, Israel está aumentando os alertas de segurança em todas as suas missões diplomáticas em todo o mundo, e o alerta também foi aumentado nas instituições e comunidades judaicas em todo o mundo.

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