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Aiatolá Khamenei comanda preces em funeral de Haniyeh em Teerã

Orações foram realizadas em Teerã por Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, com a presença de milhares de pessoas. O Supremo Líder do Irã, Ali Khamenei, comandou as preces, um dia depois de Haniyeh ser assassinado na capital iraniana, onde estava para a posse do presidente Masoud Pezeshkian.

O Supremo Líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, comandou as orações funerais por Ismail Haniyeh, líder do gabinete político do grupo palestino Hamas, e seu segurança, Wasim Abu Shaaban, assassinados em Teerã.

O atentado foi atribuído a Israel, sob investigação em curso pelas autoridades iranianas. Haniyeh estava no país para a posse do presidente Masoud Pezeshkian.

O velório foi realizado na Universidade de Teerã, com milhares de pessoas presentes.

Durante o funeral, a morte do líder palestino foi caracterizada como “ato terrorista das forças de Israel”.

Milhares marcharam por Teerã na manhã desta quinta-feira (1°), incluindo autoridades de alto escalão, como o novo presidente, Pezeshkian, e o general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária. Entre os presentes, muitas bandeiras palestinas.

LEIA: Por que Israel matou Ismail Haniyeh e quais podem ser as repercussões?

Após as orações, a multidão acompanhou o corpo de Haniyeh e seu segurança por uma procissão de 5 km, em direção à Praça da Liberdade (Azadi).

O corpo de Haniyeh será levado a Doha, capital do Catar, para ser sepultado.

A cerimônia abriu com Mohammad Bagher Ghalibaf, presidente do parlamento do Irã, que responsabilizou Israel e Estados Unidos, ao descrever a ação como “desesperada” e sugerir resposta, somando-se a declarações de Khamenei e outras lideranças.

“O mártir Ismail Haniyeh era uma voz para o povo palestino em todo o mundo”, disse o deputado. “Não era apenas um líder, como também um homem sábio”.

“A era de bater e correr acabou para Israel e seu aliado”, comentou Ghalibaf, ao alertar para um “alto preço” pelo atentado. “Haverá resposta. No momento e lugares certos. Um de nossos convidados foi assassinado em nosso solo”, acrescentou.

O incidente sucedeu em poucas horas um ataque a Beirute no qual Israel alegou matar Fuad Shukr, comandante do grupo Hezbollah, alinhado ao Irã. Ainda na manhã de hoje, Israel afirmou ter matado Mohammed Deif, líder militar do Hamas em Gaza, em julho; contudo, sem detalhes ou provas até o momento.

Os atentados ocorrem no contexto do genocídio em Gaza, com 39 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

Há receios de propagação da guerra a uma escala regional.

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