Israel comprou US$11 bilhões em armas dos Estados Unidos no contexto do genocídio em Gaza, reportou seu Ministério da Defesa.
O anúncio coincidiu com a indicação de Aviram Hasson como nove chefe da delegação da pasta israelense nos Estados Unidos, ao substituir após cinco anos o general Mishel Ben Baruch.
Apesar do volume de importação armada, Israel solicitou novos arsenais a Washington, incluindo um terceiro esquadrão F-35, veículos militares e motores de tanques e outros blindados de combate.
Segundo o comunicado, a delegação obteve o envio de milhares de toneladas de itens militares a Israel através de centenas de carregamentos aéreos e dezenas de remessas por mar.
O ministério se vangloriou também que o volume de armas americanas compradas nos nove meses de genocídio contra os palestinos representa um recorde histórico, quando comparado a períodos similares.
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Israel mantém ataques a Gaza desde outubro, com 39 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, junto ao premiê Benjamin Netanyahu, tem mandado de prisão requerido pela promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) — também em Haia —, a ser analisado por um painel pré-julgamento.
No final de julho, a organização de direitos humanos Anistia Internacional alertou que o apoio operacional do governo americano a Israel o implica nos crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.