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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Procurador-geral do Irã ordena investigação especial sobre morte de Haniyeh

Protesto contra o assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Hebron, na Cisjordânia, em 31 de julho de 2024 [Mamoun Wazwa/Agência Anadolu]

O procurador-geral do Irã, Mohammad Movahedi Azad, ordenou um inquérito sobre o assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, que estava em Teerã para a posse do presidente Masoud Pezeshkian.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo relatos, Haniyeh foi morto por um ataque a drone contra uma residência especial de veteranos onde estava hospedado. O atentado foi atribuído a Israel, no contexto do genocídio em Gaza, com 39 mil mortos e 90 mil feridos.

Em ordem publicada pela imprensa local, Azad instruiu a promotoria pública da capital iraniana a reunir um ramo especial de investigações para “examinar todos os aspectos do incidente”.

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou também uma investigação.

O procurador-geral estendeu condolências ao povo palestino, à família de Haniyeh e membros do Hamas, ao descrever o ataque como “crime hediondo” e “símbolo da depravação e imoralidade de seus perpetradores e instigadores”.

LEIA: Quem foi Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas assassinado em Teerã

Azad destacou que o atentado se deu em território iraniano, “em violação de princípios muito bem estabelecidos da lei internacional”.

A investigação deve ocorrer sob colaboração entre exército, polícia e outras forças de segurança, conforme as orientações da procuradoria.“As agências devem analisar de maneira adequada qualquer possível falha ou negligência e utilizar todas as capacidades domésticas e internacionais para prender, indiciar e punir os indivíduos responsáveis por esse ato terrorista”, reiterou Azad.

O Irã declarou três dias de luto nacional por Haniyeh, ao notar “pesar de toda a nação islâmica, daqueles devotos ao movimento de resistência e de todos os povos livres do mundo”.

O Supremo Líder do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou previamente em nota enxergar como um dever “se vingar do sangue derramado de um convidado estimado”, ao prometer “punição severa”.

Pezeshkian também condenou o assassinato ao prometer “defender a honra, a dignidade e a integridade territorial do país”.Uma eventual retaliação do Irã ainda é incerta. Segundo analistas, a Guarda Revolucionária deve avaliar todas as possibilidades conforme conclui seu inquérito sobre o incidente.

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