Islam al-Sarsawi, de 42 anos de idade, prisioneiro palestino do bairro de Shejaiya, em Gaza, foi torturado até a morte do campo militar israelense de Sde Teiman, informaram em nota as organizações de direitos humanos Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos.
Islam foi preso durante uma incursão do exército israelense ao Hospital al-Shifa, maior complexo de saúde da Faixa de Gaza.
“Al-Sarsawi está entre as dezenas de prisioneiros que perderam suas vidas nas cadeias de Israel”, reiterou a nota. “Autoridades israelenses continuam a omitir a identidade de muitas das vítimas”.
O exército israelense invadiu al-Shifa duas vezes: em 16 de novembro, após sitiá-lo por uma semana, e em março, deixando o centro vital de saúde em ruínas, com uma série de covas coletivas repletas de civis.
O comunicado esclareceu que al-Sarsawi morreu ainda em março, mas as informações foram divulgadas apenas recentemente.
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“Al-Sarsawi foi preso junto de muitos outros durante a primeira invasão a al-Shifa e seu paradeiro permaneceu desconhecido sob desaparecimento à força”, prosseguiu a nota, ao notar que o número de prisioneiros hoje nas cadeias de Israel supera 10 mil pessoas — sem contar os prisioneiros de Gaza.
Israel desacata resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e medidas do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, para negociar um cessar-fogo e permitir o fluxo humanitário a Gaza.
Desde outubro, as ações israelenses, como punição coletiva, deixaram 39 mil mortos e outros 91 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Israel é réu por genocídio em Haia, sob denúncia deferida sul-africana deferida em 26 de janeiro.