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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Não reconheceremos Israel’, afirma Meshaal

O alto funcionário do Hamas, Khaled Mashaal, faz um discurso durante a cerimônia fúnebre do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, na Mesquita Imam Abd al-Wahhab, em Doha, Catar, em 2 de agosto de 2024. [Ahmet Okur /Agência Anadolu]

O chefe do movimento Hamas no exterior, Khaled Meshaal, reiterou na sexta-feira que o movimento “não reconhecerá Israel” e que: “Matar um de nossos líderes só torna nosso povo mais forte”.

Isso foi dito em um discurso durante a cerimônia fúnebre do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de seu guarda-costas, Wassim Abu Shaaban, na Mesquita Imam Muhammad Bin Abdul Wahhab, na capital do Catar, Doha.

Meshaal afirmou: “Não faremos concessões aos nossos princípios, nem reconheceremos Israel. Nosso povo permanecerá comprometido com nossa unidade nacional e seguirá o caminho da jihad, da resistência e da restauração de nossos direitos.”

Ele questionou: “Nossos inimigos (referindo-se a Israel) não aprenderam a lição. Eles mataram nossos líderes por 100 anos, e o que aconteceu?”. E ele mesmo respondeu: , “Sempre que um líder é morto, outro líder surge e só torna nosso povo mais forte.”

LEIA: Hamas sobreviverá à morte de seu líder, como muitas vezes antes

“Os inimigos não sabem que vivemos como mujahideen, que nos encontramos com nosso Senhor como mártires e que somos bons em dar a vida e dar a morte por ordem de Deus”, acrescentou Meshaal.

Meshaal continuou: “A perda de nosso irmão (Haniyeh) é grande, mas nossos inimigos não sabem que o sangue dos mártires encurta o caminho para a liberdade e a vitória.”

“Continuaremos comprometidos com nosso caminho, pois a pressão não funciona conosco e as ameaças e intimidações não nos quebram, nem nos fazem abandonar nossos princípios nem um pouco. A Palestina permanecerá, do seu rio ao seu mar e do seu norte ao seu sul. Jerusalém é nossa Qibla e nosso objetivo, e não há lugar para os sionistas na terra da Palestina.”

“Dizemos aos líderes da nação que é hora de a nação voltar a si”, declarou ele.

Meshaal acrescentou:

“Haniyeh viveu entre seu povo no campo de refugiados de Al-Shati, na Cidade de Gaza, sentindo a dor de seu povo e compartilhando suas alegrias. Ele serviu à sua causa, ao seu povo e a Jerusalém. Ele serviu como um mujahid e um pregador que memorizou o Alcorão Sagrado. Serviu à causa como primeiro-ministro e sempre esteve entre seu povo”.

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, sobre os escombros de seu escritório destruído por ataques israelenses, na Cidade de Gaza, em 27 de março de 2019 [Divulgação/Agência Anadolu]

Ele enfatizou que Haniyeh “só deixou Gaza para lutar por sua causa em todo o mundo”.

Na quarta-feira, o Hamas e o Irã anunciaram o assassinato de Haniyeh em um ataque aéreo israelense que teve como alvo sua residência em Teerã, um dia depois de ele ter participado da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian. Tel Aviv ainda não reivindicou a responsabilidade.

Tanto o Hamas quanto o Irã prometeram reagir ao assassinato de Haniyeh, em meio a apelos e esforços internacionais para acalmar a situação, com medo de que o conflito se expanda pela região.

LEIA: O assassinato de Ismail Haniyeh, momento da verdade no Oriente Médio

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