A fúria de Israel contra os prisioneiros ganhou preocupação mundial. Mortes, doenças, torturas e amputações por algemas obstrutivas têm sido produzidas por atos cruéis ou negligência deliberada, jogando por terra toda retórica dos direitos humanos da comunidade internacional. Basta dizer que tudo que podería evitar a infestação das mortes nas prisões foi cortado ou severamente racionado, do banho à comida, em um quadro agravado pelo sadismo, a violência e a dor.
Por ordem do Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, Israel passou a multiplicar a quantidade de reféns palestinos, fazendo detenções de milhares e jogando-os nas prisões para provocar uma política intencional de superlotação intolerável à vida.
De Jerusalém Oriental e da Cisjordânia ocupada foram levados 9.800 palestinos presos, sendo ao menos 335 mulheres e 680 crianças. De acordo com o Clube de Prisioneiros Palestinos, mais de 3.400 foram levados sob detenção administrativa, sendo 22 mulheres e 40 crianças. Não estão nesse número os milhares presos na Faixa de Gaza sob a “Lei de Encarceramento de Combatentes Ilegais” de 2002, que dispensa ordens de prisão. Isso tem valido para sequestros diários de palestinos há mais de duas décadas sem que a comunidade internacional se levante pelo resgate desses reféns.
No momento em que a guerra de Israel contra Gaza chega a 300 dias, o silêncio dos governos e lideranças mundiais sobre o que se passa nas prisões de Israel foi a motivação adicional para o ato contra o genocídio que se repetiu em cerca de 70 países, com mais de 7.800 eventos, segundo a rede de monitoramento Palespin, pedindo um basta às prisões e liberdade para os palestinos que constituem a maior quantidade de presos políticos desde 1967.
LEIA: Relatório da ONU aponta detenções arbitrárias e tortura de palestinos em Israel
Em São Paulo, o ato convocado pela Frente em Defesa da Palestina e organizações de solidariedade se concentrou na Praça Oswaldo Cruz, perto da estação Paraíso de metrô, dando sequência a um esforço incansável do conjunto de entidades de denunciar o genocídio e cobrar posições brasileiras contra Israel.
A Frente tem realizado marchas, atos e performances ou emitido declarações em praticamente todas as semanas, com o compromisso de pressionar pela libertação da Palestina até que o genocídio, o apartheid e a ocupação da Palestina tenham fim.