A Rússia teria entregue armas e equipamentos militares aos rebeldes Houthi do Iêmen no mês passado, antes de recuar devido à pressão dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.
De acordo com a CNN, que citou fontes anônimas familiarizadas com o assunto, a Rússia planejava entregar equipamentos militares, incluindo mísseis, para a milícia Houthi no Iêmen no final de julho, mas cancelou prontamente a entrega no último minuto, em um acontecimento sobre o qual um alto funcionário americano se recusou a fornecer detalhes.
O cancelamento da entrega foi supostamente resultado da advertência da Arábia Saudita à Rússia contra o armamento do grupo rebelde iemenita depois que o reino soube desses planos, com os EUA tendo pedido separadamente aos sauditas que convencessem os russos a não prosseguir com a entrega.
De acordo com a autoridade americana mencionada acima, Washington vê qualquer tentativa de terceiros ou países de armar os houthis como “antitética aos objetivos que estamos perseguindo” em relação aos esforços para chegar a um acordo de paz ou resolução para acabar com o conflito no Iêmen.
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A autoridade afirmou que o interesse dos houthis em adquirir armas dos russos ou de outros “nos demonstraria uma falta de compromisso” com as negociações de paz, o que ocorre em um momento em que o grupo de milícia apoiado pelo Irã e sua liderança “parecem estar se afastando cada vez mais de um compromisso com uma paz negociada no Iêmen”.
O relatório citou as fontes dizendo que, embora a entrega de armas tenha sido cancelada, as autoridades dos EUA testemunharam a Rússia enviando pessoal militar para o Iêmen, enquanto os navios russos faziam uma parada no sul do Mar Vermelho, onde o pessoal foi então recolhido pelos Houthis em um barco e levado para a costa. Esses militares russos teriam sido designados para ajudar a aconselhar os houthis em suas capacidades.