A tentativa de derrubar o artista Kleber Pagu das cordas que o prendiam ao muro para uma arte pró-Palestina neste domingo é agora objeto de ação na justiça. Mas o fato de o agressor ter sido flagrado e levado à 78ª Delegacia de Polícia, nos Jardins, incomodou os apoiadores que de Israel que se mexeram para tirá-lo de lá e iniciar uma campanha de ataques à vítima pelas redes sociais.
O caso aconteceu quando artistas desenvolviam um dos “Murais pela Palestina”, parte da jornada do MST de apoio ao povo de Gaza pelo país. O criminoso colocou a vida de Kadu em risco, além de vandalizar o local e danificar materiais de pintura.
Um pré-candidato à vereador de extrema direita que usa uma arma como logomarca explorou a situação em favor do acusado – exposto por ele em vídeo – trarando-o como vítima e a arte solidária ao povo palestino como criminosa.
No Brasil, a loja MC de tintas fez inusitada declaração de que não dará mais “descontos” à ong muralista Museu Céu gestionada pelo artista após o mesmo ter sofrido o atentado de domingo, afirmando que não adota posições políticas.
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Com uma guerra genocida e insaciável, proteger criminosos está sendo prática em Israel para incentivar novos ataques pela valorização pública da impunidade. O caso dos soldados que cometeram estupro coletivo contra um prisioneiro é exemplar dessa política, que sempre envolve manifestações da extrema direita exigindo a libertação de criminosos e tratando-os como heróis.
Marginalizar ongs que apoiam a Palestina não é algo trivial para o Estado sionista que expulsa organizações internacionais de direitos humanos e declara que “matar 2 milhões de fome é moral” enquanto os reféns não são soltos.