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Colonos israelenses invadem Túmulo de José na Cisjordânia, agridem locais

Danos causados por incêndio deflagrado por ataques de Israel à região do Túmulo de José, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 5 de agosto de 2024 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Colonos ilegais israelenses invadiram o Túmulo de José, sob escolta militar, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, na manhã desta segunda-feira (5).

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo testemunhas, um grande número de tropas ocupantes adentrou no santuário, na zona leste de Nablus, para permitir o acesso dos colonos ilegais.

Os colonos agrediram dezenas de residentes palestinos; soldados dispararam também munição real e gás lacrimogêneo.

A ação israelense deflagrou dois incêndios em instalações civis. As chamas consumiram por completo um depósito de peças automobilísticas, além de, em parte, um mercado de vegetais. Bombeiros foram impedidos de acessar os locais.

Os soldados também avançaram contra diversos bairros em Nablus e invadiram casas.

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Em nota, o Crescente Vermelho da Palestina reportou ter tratado quatro repórteres por asfixia por gás lacrimogêneo.

O Túmulo de José, situado no extremo leste de Nablus, celebrado por judeus, cristãos e muçulmanos. A violência no monumento funerário coincidiu com uma onda de prisões arbitrárias em toda a Cisjordânia.

Tensões continuam a se intensificar nos territórios palestinos ocupados, no contexto do genocídio israelense em Gaza, deixando 40 mil mortos e 90 mil feridos, desde outubro, além de dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia, forças israelenses mataram ao menos 600 palestinos e feriram cerca de 5.400 outros, além de uma campanha de prisão que elevou a população carcerária nas cadeias da ocupação a quase dez mil pessoas.

Em 26 de janeiro, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, deferiu a denúncia sul-africana de que Israel comete genocídio em Gaza.

Em 19 de julho, em processo à parte, a corte reconheceu como “ilegal” a ocupação de décadas sobre terras palestinas, ao reivindicar o fim da presença militar e a evacuação imediata dos assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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