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Houthis derrubam drone dos EUA e alvejam navio mercante no Golfo de Áden

Centenas de iemenitas participam de uma manifestação em apoio ao povo palestino em Gaza, que enfrenta um ataque israelense devastador desde outubro, em Sanaa, Iêmen, em 26 de julho de 2024. [Mohammed Hamoud/ Agência Anadolu]

As forças armadas do Iêmen, alinhadas aos houthis, anunciaram ontem que conseguiram abater com sucesso um drone americano MQ-9 sobre a província de Saada usando um míssil terra-ar fabricado localmente. O porta-voz militar, general de brigada Yahya Sarie, observou que esse foi o sétimo drone desse tipo abatido durante a “Conquista Prometida e a Jihad Sagrada”, em solidariedade aos palestinos em Gaza.

Em uma operação separada, Saree confirmou que as forças navais e de mísseis Houthi executaram um ataque conjunto ao MV Groton, de bandeira liberiana, no Golfo de Aden, com mísseis balísticos. O ataque teria ocorrido porque a empresa associada à embarcação violou a proibição declarada pelos houthis de entrar em portos na Palestina ocupada.

O Centro Conjunto de Informações Marítimas, liderado pela Marinha dos EUA, disse que a tripulação do Groton estava em segurança e que o navio estava sendo desviado para um porto próximo. O navio estava a caminho de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, para Jeddah, na Arábia Saudita.

A operação marca os primeiros ataques reivindicados pelos houthis desde o ataque aéreo israelense ao porto de Hodeidah em 20 de julho, que se seguiu a um ataque bem-sucedido de drones a Tel Aviv pelo movimento. O governo de Sanaa, liderado pelos houthis, reiterou seu compromisso de continuar as operações militares até que a ofensiva israelense cesse e o cerco a Gaza seja suspenso.

LEIA: Israel coloca toda a região à margem da guerra, alertam núcleos de resistência

O último ataque ocorre em meio ao aumento dos temores de uma guerra regional após o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, na semana passada. Israel tem sido amplamente responsabilizado pelo assassinato, algo que não foi confirmado nem negado.

O assassinato de Haniyeh provocou protestos em massa contra Israel em toda a região, incluindo a capital do Iêmen, onde os cidadãos locais agitaram bandeiras palestinas e seguraram imagens do popular líder do Hamas.

Ali Al-Qahoum, membro do gabinete político Houthi, disse que a resposta aos assassinatos de Israel não virá apenas do Irã: “Afirmamos nosso compromisso com a batalha, a firmeza, a consciência, a honra e o orgulho de estar ao lado da Palestina, a causa da nação [árabe].”

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