Israel bombardeia civis em Gaza, em nova onda de massacres

Forças da ocupação israelense mantiveram invasões por terra contra bairros de Rafah, no extremo sul de Gaza, além de toda extensão do enclave, junto a uma campanha de bombardeios aéreos e por artilharia, incorrendo em uma nova onda de massacres.

Ao menos cinco palestinos foram mortos e dezenas feridos em um ataque israelense ao Colégio Hassan Salama, a oeste da Cidade de Gaza.

Dois outros foram mortos e transferidos ao Hospital Baptista al-Ahli após bombardeios em torno da junção de Dawla, no bairro Zeitoun, no sudeste da cidade.

Forças ocupantes alvejaram ainda uma casa pertencente à família Salama na região de al-Rayes, no bairro al-Sabra, ao sul da Cidade de Gaza.

No bairro de al-Remal, na Cidade de Gaza, o edifício Hassaniya, em frente ao Mercado Metropolitano, na rua Shuhada, foi também bombardeado pelo exército de Israel.

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Três palestinos morreram por um ataque aéreo contra um veículo civil na rua Salah al-Din, ao norte do viaduto do Kuwait, no bairro Zeitoun.

Dois outros foram mortos e muitos outros feridos por ataques a cidadãos na rua Nazir, na região leste da Cidade de Gaza.

Oito civis morreram em um ataque direto realizado por Israel contra família al-Amoudi, no campo de refugiados de Jabalia.

Em Deir al-Balah, no centro de Gaza, três cidadãos morreram por ataques da ocupação à residência da família al-Hasanat.

Ao menos cinco pessoas foram mortas por um bombardeio contra tendas improvisadas aos deslocados de Gaza no perímetro do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, também em Deir al-Balah.

Outros dois massacres israelenses tiveram como alvo duas famílias, deixando ao menos 33 mortos e 118 feridos dentro de apenas 24 horas, reportou o Ministério da Saúde do enclave palestino.

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O ministério confirmou a morte de 39.583 pessoas nos últimos dez meses, além de ao menos 91.398 feridos. Dentre as fatalidades, 15 mil são crianças.

“Diversas vítimas ainda estão sob os escombros e nas estradas; ambulâncias e equipes de defesa civil não conseguem alcançá-las”, advertiu a pasta.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, em desacato a uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança das Nações Unidas e uma série de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia.

Conforme decisão da corte — órgão máximo de justiça das Nações Unidas — Israel tem de evitar ações de genocídio, permitir o fluxo humanitário e suspender sua campanha em Rafah, que abriga hoje 1.5 milhão de refugiados. Todavia, sem anuência.

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