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Jordânia pede às companhias aéreas que transportem combustível extra em meio à tensão Irã-Israel

Placa indicativa do check-in das empresas aéreas Qatar Airways, Royal Jordanian Airlines e Finnair no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, em 21 de março de 2017. [Don Emmert/AFP/Getty Images]

A Jordânia solicitou a todas as companhias aéreas que pousam em seus aeroportos que transportem 45 minutos de combustível de reserva, o que os especialistas consideram uma medida de precaução no caso de um ataque do Irã contra Israel, informa a Reuters.

Algumas companhias aéreas já estão evitando o espaço aéreo iraniano e libanês e cancelando voos para Israel e Líbano, à medida que crescem as preocupações com um possível conflito na região, após a morte de membros do alto escalão dos grupos Hamas e Hezbollah na semana passada.

O NOTAM, um aviso de segurança fornecido aos pilotos, foi emitido no domingo pelas autoridades jordanianas, solicitando a todas as companhias aéreas que transportassem o combustível de reserva por “motivos operacionais”. Ele está em vigor até as 2200 GMT de terça-feira.

Um boletim da OPSGROUP, uma organização baseada em membros que compartilham informações sobre riscos de voo, disse que a medida antecede fechamento previsto do espaço aéreo jordaniano, uma medida de precaução no caso de um ataque a Israel pelo Irã.

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“O NOTAM da Jordânia é relevante porque, no ataque aéreo a Israel em abril, a Jordânia foi o primeiro país a fechar seu espaço aéreo por NOTAM, bem antes de Israel, Irã ou Iraque”, disse Mark Zee, executivo-chefe do OPSGROUP, à Reuters.

“Os 45 minutos seriam destinados a fornecer combustível adicional suficiente para que uma aeronave deixasse o espaço aéreo jordaniano e aterrissasse em outro lugar”, acrescentou.

Os fechamentos do espaço aéreo ligados à guerra podem impor restrições substanciais ao tráfego aéreo.

A guerra na Ucrânia, por exemplo, impôs restrições significativas ao espaço aéreo europeu, já sob pressão de greves de controle de tráfego aéreo e forte demanda de viagens.

No Oriente Médio, os especialistas dizem que o impacto pode ser ainda maior.

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“Um ataque do Irã a Israel resultaria no fechamento de algumas das rotas aéreas de maior tráfego do mundo”, disse Ian Petchenik, porta-voz do FlightRadar24, empresa de rastreamento de voos.

“O fechamento desse espaço aéreo forçará as aeronaves a se deslocarem para corredores cada vez mais estreitos ao norte e ao sul. Qualquer fechamento contínuo dessas rotas seria uma reordenação monumental do tráfego aéreo internacional.”

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