O ministro da Saúde do Líbano, Firas Abiad, advertiu que o suprimento de remédios e insumos médicos no país basta apenas para três ou quatro meses caso se deflagre uma guerra regional.
Em entrevista à rede Al-Hadath, nesta terça-feira (6), Abiad reiterou que Israel utilizou armas químicas, como fósforo branco, proibida internacionalmente para atacar aldeias e cidades libanesas nos últimos de meses.
O ministro confirmou que sua pasta permanece em alerta máximo desde então.
Abiad notou que cerca de cem mil pessoas foram deslocadas pelos ataques de Israel e alertou para expansão da crise caso se confirme uma nova escalada.
LEIA: Jatos israelenses rompem barreira do som sobre Beirute, aterrorizam civis
Abiad explicou que as equipes de sua pasta têm realizado exercícios de emergência em todos os hospitais para preparar os profissionais de saúde ao influxo de feridos em caso de agressão israelense ao território libanês.
Israel troca disparos transfronteiriços com o grupo Hezbollah desde outubro, quando o exército da ocupação deflagrou seu genocídio em Gaza, com ao menos 40 mil mortos e 90 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
Na semana passada, Israel atacou Beirute, assassinando um comandante do Hezbollah. Pouco depois, um atentado atribuído a Tel Aviv resultou na morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, onde estava para a posse presidencial.
As ações voltaram a alimentar temores internacionais de uma guerra aberta em escala regional, com companhias aéreas cancelando rotas aos países regionais e embaixadas e governos sugerindo a seus cidadãos que deixem o Oriente Médio.