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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Após comentários pró-fome, Palestina exige prisão de Smotrich

Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, no Knesset (parlamento) na cidade ocupada de Jerusalém, em 3 de junho de 2024 [Saeed Qaq/Agência Anadolu]

O Ministério de Relações Exteriores da Palestina ressaltou em nota um pedido para que o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emita um mandado de prisão contra Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel, após o político supremacista sugerir que matar de fome os palestinos de Gaza seria “justo e moral”.

“Trata-se de admissão explícita de adoção e presunção da política genocida”, alertou a chancelaria palestina em nota.

Na segunda-feira (5), Smotrich disse em entrevista à imprensa que obstruir o acesso de socorro humanitário a Gaza, seria “justo e moral … mas ninguém nos deixará matar de fome dois milhões de civis”.

O governo da Autoridade Palestina condenou a declaração de Smotrich como “violação flagrante da lei internacional e dos princípios básicos de humanidade, além de desafio gritante ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) e desprezo aberto e direto às decisões de legitimidade global sobre proteger civis e garantir suas necessidades básicas”.

Ramallah reivindicou de Haia que some um mandado de prisão a Smotrich aos pedidos prévios do promotor-chefe, Karim Khan, contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.

A solicitação de Khan deve passar por análise de um painel pré-julgamento.

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O exército israelense mantém um cerco absoluto a Gaza desde outubro — sem comida, água, combustível ou medicamentos —, matando de fome dezenas de crianças.

Os comentários de Smotrich ressoam declarações desumanizantes de líderes coloniais, utilizadas como prova de dolo genocida no processo em curso contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana.

Ao promover seu cerco, Gallant descreveu os 2.4 milhões de palestinos de Gaza como “animais humanos”. Netanyahu, por sua vez, chegou a conclamar uma “guerra santa … contra as crianças das trevas”.

As ações militares de Israel em Gaza, como punição coletiva e crimes de guerra e lesa-humanidade, deixaram 40 mil mortos e 90 mil feridos até o momento, além de dez mil desaparecidos sob os escombros.

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