Israel proíbe ex-mufti de entrar em Al-Aqsa por tributo a Haniyeh

Autoridades da ocupação israelense deferiram um mandado nesta quinta-feira (8) para proibir o sheikh Ekrima Sabri de entrar na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, por seis meses, devido a uma oração prestada a Ismail Haniyeh.

As informações foram corroboradas por seu advogado à agência Anadolu.

Haniyeh, líder político do movimento palestino Hamas, foi assassinado em 31 de julho, em Teerã, onde estava para a posse do presidente Masoud Pezeshkian. O atentado foi atribuído a Israel.

Segundo o advogado Khaled Zabarka, “o sheikh Sabri foi banido de entrar na mesquita pelo período de seis meses”.

A polícia israelense não comentou o caso até então.

Sabri, de 85 anos, foi brevemente detido por forças israelenses na sexta-feira (2), após dedicar uma oração a Haniyeh. Em sermão, disse o sacerdote: “Pedimos a Allah [Deus] que tenha misericórdia dele e o leve ao paraíso”.

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O ministro do Interior de Israel, Moshe Arbel, exigiu do procurador-geral, Gali Baharav-Miara, que revogasse a residência permanente de Sabri em Jerusalém, em violação de seus direitos nacionais.

Os apelos de Arbel foram ecoados por Itamar Ben-Gvir, ministro de Segurança Nacional e ativista colonial conhecido por declarações racistas e inflamatórias.

Punições e restrições israelenses contra Sabri e outros religiosos islâmicos na Palestina histórica são comuns.

Sabri, crítico eloquente da ocupação israelense, foi mufti de Jerusalém e dos territórios palestinos entre 1994 e 2006.

Israel ocupou ilegalmente a Cidade Velha de Jerusalém Oriental, onde está situada Al-Aqsa, em 1967, mediante conquista militar. Em 1980, anexou toda a cidade — medida jamais reconhecida internacionalmente.

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