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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel revoga status diplomático de emissários da Noruega

Ministro de Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, durante coletiva de imprensa na sede da Organização das Nações Unidas na cidade de Nova York, 23 de janeiro de 2024 [Charly Triballeau/AFP via Getty Images]

Israel revogou o status diplomático de oito enviados da Noruega a serviço na Palestina ocupada, segundo informações da agência Al Jazeera.

Trata-se de medida punitiva pelo reconhecimento em maio do Estado da Palestina por Oslo, junto aos governos de Espanha e Irlanda, além do apoio norueguês ao pedido de mandados de prisão contra líderes israelenses por crimes de guerra e lesa-humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia.

“Há um preço a ser pago pelo comportamento anti-Israel”, insistiu Israel Katz, ministro de Relações Exteriores do regime ocupante ao emitir seu decreto.

O embaixador da Noruega em Israel, Per Egil Selvaag, foi convocado nesta quinta-feira (8) à chancelaria em Jerusalém ocupada, onde recebeu informe de que seus emissários — todos radicados em Tel Aviv — terão sua licença diplomática rescindido em sete dias e seu visto anulado dentro de três meses.

O ministro de Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, respondeu à medida, ao alertar para consequências nas relações diplomáticas.

“Este é um ato extremo que afeta, sobretudo, nossa capacidade de ajudar a população palestino”, comentou o ministro.

LEIA: O significado do reconhecimento do Estado Palestino pelos três países da UE

Em nota oficial, Tel Aviv acusou o governo norueguês de adotar “políticas e declarações unilaterais”, à medida que Oslo se somou às pressões mundiais para cessar o genocídio israelense em Gaza, com 40 mil mortos e 90 mil feridos até então.

Diante da inédita onda de reconhecimento na Europa dos direitos nacionais palestinos, em meio a promessas de outros países de seguirem a deixa, Israel reagiu furiosamente, ao alegar que os três Estados “premiaram o terrorismo”.

O governo israelense retirou ainda seus embaixadores de Oslo, Madrid e Dublin. Além de ordenar o consulado espanhol em Jerusalém ocupada a deixar de oferecer serviços aos cidadãos palestinos, a partir de 1º de junho.

Ainda em maio, o promotor-chefe de Haia, Karim Khan, requereu mandados de prisão ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, além de três lideranças do grupo Hamas.

A solicitação deve ser avaliada por um painel de juízes pré-julgamento.

Israel é também réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), corte-irmã do TPI em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

LEIA: Além da solução de dois Estados – Por que reconhecer o Estado da Palestina é importante?

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