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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Região seguirá instável enquanto Ocidente apoiar Israel, alerta Pezeshkian a Macron

Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em Teerã, 29 de julho de 2024 [Presidência do Irã/Divulgação/Agência Anadolu]

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, advertiu nesta quarta-feira (7) seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que a região do Oriente Médio seguirá instável enquanto Israel usufruir de apoio incondicional do Ocidente.

As informações foram divulgadas pela imprensa iraniana.

Pezeshkian destacou a Macron, em telefonema oficial, que seu país reserva o direito de responder ao assassinato em Teerã do chefe político do movimento nacional palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho.

O atentado, atribuído a Israel, ocorreu quando Haniyeh estava na capital precisamente para a posse de Pezeshkian, junto de dezenas de emissários internacionais.

A conversa coincidiu, portanto, com temores de que as ações israelenses no exterior — incluindo um bombardeio a Beirute —, no contexto do genocídio em Gaza, deflagrem uma guerra regional.

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Para o presidente iraniano, contudo, “o assassinato de Haniyeh — um convidado oficial — pelo Estado ocupante de Israel ocorreu para incitar as chamas da região. Além disso, lamentavelmente, Estados Unidos e países ocidentais mantêm seu apoio aos crimes e massacres do regime [israelense], em vez de condenar o genocídio”.

“O Irã tem o direito de responder adequadamente a tais medidas e os países ocidentais e os Estados Unidos, diante de sua abordagem contraditória e ambígua, têm de saber que apoiam uma entidade que não respeita qualquer lei ou convenção internacional e não hesitou em cometer toda sorte de crimes na região”, prosseguiu Pezeshkian. “Mas, infelizmente, pedem aos países vitimados que sejam eles a exercer comedimento”.

Para Pezeshkian, enquanto Israel mantiver seu genocídio e seus assassinatos políticos, com apoio diplomático, financeiro, militar e midiático do Ocidente, a região e o mundo continuarão a prescindir de estabilidade, segurança e paz.

“Caso Washington e as capitais ocidentais realmente queiram dar fim à guerra, têm de parar imediatamente de vender armamento e apoiar Israel e pressioná-lo a cessar seus ataques e seu genocídio em Gaza, ao respeitar um cessar-fogo”, concluiu o presidente.

Pezeshkian, considerado moderado, foi eleito em julho após a morte de seu antecessor Ibrahim Raisi, considerado um político linha-dura, em um acidente de helicóptero, em maio, na região montanhosa de fronteira com o Azerbaijão.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, com 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados, além de disparos contra grupos e fronts associados a Teerã, no Líbano, Síria e Iêmen.

As ações israelenses em Gaza são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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