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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel destruiu dois terços de Gaza, deixou sociedade em frangalhos, alerta ONU

Senhora palestina caminha entre as ruínas de Deir al-Balah, sob ataques de Israel, na Faixa de Gaza sitiada, em 7 de agosto de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) confirmou nesta sexta-feira (9) que dois dentre cada três edifícios em Gaza foram danificados ou destruídos.

Ao citar dados recentes do Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT), Lazzarini notou a devastação extensa no enclave sitiado, para além da infraestrutura física.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“A cada dia que essa guerra continua, continua a destruição de toda uma comunidade”, declarou Lazzarini na rede social X (Twitter). “Para além de tijolos e alvenaria, são casas das pessoas, suas escolas, mercados e lugares de culto”.

O oficial da ONU expressou apreensão sobre o impacto da crise no próprio tecido social de Gaza. “Essa sociedade, ligada por um senso de família, é despedaçada dia após dia, enquanto assistimos”, reiterou Lazzarini.

LEIA: Israel bombardeou 17 escolas de Gaza apenas em julho, reporta ONU

Para o diretor da UNRWA, há urgência de cessar-fogo e esforços para reconstrução não apenas da infraestrutura civil como das condições comunitárias. “Junto ao cessar-fogo, é igualmente urgente reconstruir o tecido social”.

Israel desacata resoluções por cessar-fogo das Nações Unidas e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, para desescalada em Gaza e fluxo humanitário contínuo.

Desde outubro, Israel deixou ao menos 40 mil mortos e 91.700 feridos em Gaza, além de dois milhões de desabrigados.

O enclave permanece em ruínas, sob bombardeios indiscriminados ainda em curso.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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