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ONU responde a Smotrich: ‘A fome e a punição coletiva dos palestinos são crimes de guerra’

Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk [UN Photo/Jean-Marc Ferré/Flickr]

O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou veementemente o apelo do ministro das Finanças israelense de extrema direita, Bezalel Smotrich, para que dois milhões de palestinos passem fome na Faixa de Gaza.

O porta-voz de direitos humanos da ONU, Jeremy Laurence, transmitiu a condenação de Turk na sexta-feira em uma coletiva de imprensa semanal para o escritório da ONU em Genebra.

De acordo com Laurence, Turk indicou que estava “chocado e horrorizado” com a declaração de Smotrich no início desta semana, na qual ele sugeriu a fome deliberada de civis palestinos em Gaza para libertar reféns israelenses.

Laurence declarou: “O Alto Comissariado condena essas palavras nos termos mais fortes. Elas também incitam o ódio contra civis inocentes. A fome de civis como método de guerra é um crime de guerra”.

Ele observou que tais declarações diretas e públicas correm o risco de provocar outros crimes brutais, pedindo que elas cessem imediatamente.

“Elas devem ser investigadas e, se forem consideradas crime, devem ser processadas e punidas”, declarou Laurence.

Turk reiterou seu apelo por um cessar-fogo em Gaza, acrescentando que todos os reféns devem ser libertados e que a ajuda humanitária deve ser permitida em Gaza.

Smotrich, líder do partido Religioso Sionista, observou na segunda-feira que matar de fome dois milhões de palestinos em Gaza poderia ser “justificável e moral” em prol do retorno dos reféns israelenses da Faixa.

LEIA: Após comentários pró-fome, Palestina exige prisão de Smotrich

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