Israel atacou 13 centros de abrigo de palestinos deslocados em Gaza em agosto

Palestinos inspecionam o prédio destruído após um ataque israelense na escola Et-Tabiin, onde os deslocados se abrigaram no bairro de Ed-Deraj na Cidade de Gaza, Gaza, em 10 de agosto de 2024. [Mahmoud İssa/ Agência Anadolu]

Israel realizou ataques aéreos em 13 centros de abrigo em Gaza, onde palestinos deslocados têm buscado refúgio, desde o início de agosto, disse o porta-voz da Defesa Civil no enclave palestino sitiado no sábado, informa a Agência Anadolu.

O último ataque ocorreu na madrugada de sábado, quando militares israelenses bombardearam a escola Al-Taba’een, no bairro de Al-Daraj, no leste da Cidade de Gaza, matando pelo menos 100 palestinos.

Em uma coletiva de imprensa, Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil em Gaza, disse que o ataque israelense à escola Al-Taba’een atingiu dois andares – um andar que abrigava mulheres e outro andar que servia como sala de oração para civis deslocados.

O último ataque resultou em inúmeras vítimas, com muitas pessoas ainda desaparecidas, acrescentou.

“Exigimos que o mundo intervenha imediatamente para interromper os massacres contra civis indefesos em abrigos”, disse Basal.

Mais cedo, o Escritório de Mídia do Governo na Faixa de Gaza disse: “O exército israelense atacou diretamente os civis deslocados enquanto realizavam as orações do fajr (madrugada),levando a um rápido aumento no número de vítimas”.

Apesar dos apelos feitos na quinta-feira por mediadores, incluindo o Egito, os EUA e o Catar, para interromper as hostilidades, chegar a um cessar-fogo e a um acordo de troca de reféns, Israel persiste com sua ofensiva mortal na Faixa de Gaza.

O ataque israelense contra a Faixa de Gaza já matou cerca de 39.700 pessoas desde outubro do ano passado, após um ataque transfronteiriço do grupo de resistência palestino Hamas. Estima-se que os números sejam bem maiores, dada a dificuldade de localizar, resgatar e identificar as vítimas em meio aos massacres e deslocamentos.

Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que ordenou a interrupção imediata de sua operação militar na cidade de Rafah, no sul do país, onde mais de 1 milhão de palestinos se refugiaram da guerra antes da invasão em 6 de maio.

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