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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Chanceler israelense sugere ‘táticas de Gaza’ contra refugiados em Jenin

Ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, durante sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York, em 11 de março de 2024 [John Lamparski/Getty Images]

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, sugeriu a evacuação à força dos residentes palestinos do campo de refugados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, no que descreveu como “abordagem similar” àquela empregue na Faixa de Gaza sitiada, onde Tel Aviv exerce genocídio desde outubro.

“Os campos de refugiados são o epicentro do mal”, afirmou Katz durante encontro com lideranças dos assentamentos ilegais, ao repercutir retórica desumanizante denunciada como evidência do dolo de genocídio e limpeza étnica nas ações de Israel.

“Os campos de refugiados não estão sob controle da Autoridade Palestina, mas sim sob controle do Irã”, acrescentou o ministro, sem substanciar suas alegações. “O campo de Jenin deve ser evacuado e devemos lidar com ele como lidamos com Gaza”.

Em Gaza, são 40 mil mortos e 90 mil feridos, sobretudo mulheres e crianças, no período de dez meses, além de dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia, são 620 mortos e 5.400 feridos, em meio a uma campanha de prisão de massa que dobrou a população carcerária palestina nas cadeias da ocupação a cerca de dez mil pessoas, a maioria sem julgamento ou acusação — reféns por definição.

LEIA: Jenin, Palestina: uma catástrofe permanente

O exército israelense conduziu mais de 70 invasões armadas ao campo de Jenin desde outubro, deixando 142 mortos apenas na região.

Katz indicou ainda a construção de um novo muro do apartheid, desta vez na fronteira com a Jordânia, sob pretexto de conter o suposto tráfico de armas pelo perímetro leste — novamente, sem provas.

A Jordânia não comentou as acusações de Israel até então.

Na última terça-feira (6), o exército israelense se retirou do campo de Jenin após cerca de 20 horas de incursão violenta, durante a qual quatro palestinos foram mortos.

As ações israelenses na Cisjordânia violam a lei internacional, como confirmado por um veredito histórico do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, deferido em 19 de julho, segundo o qual a ocupação é ilegal.

A corte exigiu a evacuação de todos os assentamentos israelenses nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, além de reparações aos palestinos nativos.

Israel, no entanto, intensificou hostilidades à corte, indicando desacato.

ASSISTA: Israel deixa rastro de destruição no campo de refugiados de Jenin

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