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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel bombardeou mais da metade das escolas de Gaza, reporta Unicef

Crianças palestinas inspecionam destruição causada por um bombardeio israelense à escola al-Taba’een, na Cidade de Gaza, em 10 de agosto de 2024 [Mahmoud Issa/Agência Anadolu]

Mais de 50% das escolas em Gaza, convertidas em abrigos aos palestinos deslocados à força, foram bombardeadas por Israel, reportou neste sábado (10) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ao ressoar o alarme sobre as condições em campo.

Em nota, a Unicef condenou o ataque aéreo de Israel ao colégio al-Taba’een, na Cidade de Gaza, deixando cem mortos e dezenas de feridos entre os refugiados. O bombardeio ocorreu enquanto palestinos realizavam suas preces da manhã no pátio do local.

Conforme a Unicef, o ataque é “hediondo”, ao alvejar crianças e famílias que pensavam estar seguras.

“Relatos horrorosos de outro ataque nesta manhã a uma escola de Gaza que abrigava cidadãos deslocados, com informações de crianças mortas e feridas em uma instalação onde pensavam estar seguros”, reiterou a Unicef na rede social X (Twitter).

LEIA: Israel atacou 13 centros de abrigo de palestinos deslocados em Gaza em agosto

A organização enfatizou a urgência de proteção aos civis: “Escolas e abrigos não devem ser atacados. Crianças precisam estar seguras”.

A Unicef corroborou que, nos últimos dez meses, mais da metade das escolas — então convertidas em abrigos — na Faixa de Gaza sitiada foram atingidas por disparos diretos, com impacto severo a crianças e suas famílias.

O ataque no sábado leva a seis o número de escolas-abrigos atacadas por Israel apenas na última semana.

Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para negociações, além de ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para desescalada e fluxo humanitário contínuo.

O TIJ aceitou em 26 de janeiro a denúncia sul-africana de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. Para além dos quase 40 mil mortos, a campanha israelense deixou 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

O enclave está em ruínas — escolas, hospitais e abrigos não foram poupados.

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