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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel matou quase 2% da população de Gaza, revela censo

Familiares velam crianças mortas por ataques israelenses ao campo de refugiados de Nuseirat, no necrotério do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, Gaza, em 10 de agosto de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Israel matou ao menos 1.8% da população de Gaza desde 7 de outubro, no contexto de sua violenta ofensiva contra o enclave, confirmaram números do Escritório Central de Estatísticas da Palestina, órgão responsável pelo censo nacional.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em nota, a repartição ligada à Autoridade Palestina, com sede na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, corroborou os índices do governo em Gaza de ao menos 39 mil mortos pela campanha israelense desde outubro.

“Os índices constituem cerca de 1.8% da população total do território”, reiterou a nota.

Conforme o censo, ao menos 24% das vítimas — aproximadamente dez mil pessoas — são jovens.

Em termos comparativos, seria como se uma campanha armada contra o Brasil — com aproximadamente 215 milhões de habitantes — resultasse na morte de 3.8 milhões de pessoas.

No sábado (10), aeronaves israelenses mataram cem civis e feriram dezenas ao atacar o colégio al-Taba’een, que abrigava refugiados, na Cidade de Gaza, enquanto palestinos realizavam suas preces da manhã no pátio da instalação humanitária.

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Israel age em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para negociações, além de ordens cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para desescalada e fluxo humanitário contínuo.

O TIJ aceitou em 26 de janeiro a denúncia sul-africana de que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. Para além dos quase 40 mil mortos, a campanha israelense deixou 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

O enclave está em ruínas — escolas, hospitais e abrigos não foram poupados.

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