O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a sugeriu nesta segunda-feira (12) que se construa um novo muro de segregação na fronteira entre os territórios ocupados e a Jordânia, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Em nota, Katz alegou que o muro “deve ser construído para impedir o contrabando de armas da Jordânia a Israel, que ameaça ambos”.
Segundo o ministro, o Irã trabalha com membros do Hamas no Líbano para levar armas e fundos à Jordânia “com intuito de desestabilizar o regime”. O ministro não concedeu, no entanto, provas ou embasamento a suas alegações.
A Jordânia tampouco comentou os comentários do chanceler.
Na semana passada, como parte de suas medidas coloniais voltadas à Cisjordânia, Katz sugeriu a evacuação do campo de refugiados de Jenin, a ser tratado de “forma similar” a Gaza — vitimada por genocídio há mais de dez meses.
Em um encontro a portas fechadas, Katz pressionou pelo novo muro, a ser somado ao Muro do Apartheid que corta ilegalmente cidades e aldeias palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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Em Gaza, são cerca de 40 mil mortos e 90 mil feridos pela campanha israelense, desde outubro. Na Cisjordânia, são 620 mortos, 5.400 feridos e dez mil prisioneiros alvejados por uma campanha de prisão de massa que constitui punição coletiva.
As ações israelenses na Cisjordânia violam a lei internacional, como confirmado por um veredito histórico do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, deferido em 19 de julho, segundo o qual a ocupação é ilegal.
A corte exigiu a evacuação de todos os assentamentos israelenses nas terras ocupadas e retirada das forças militares, além de reparações aos palestinos nativos.
Israel, no entanto, intensificou hostilidades à corte, indicando desacato.