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Colonos israelenses montam tendas em terras palestinas no Vale do Jordão

Bandeira de Israel pichada por colonos ilegais em uma residência palestina no Vale do Jordão, no norte da Cisjordânia ocupada, 17 de maio de 2024 [Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images]

Colonos ilegais israelenses montaram tendas em terras agrárias palestinas na aldeia de Khirbet Umm Al-Jimal, no Vale do Jordão, norte da Cisjordânia ocupada, na manhã de segunda-feira (12).

Segundo Mahdi Daraghmeh, chefe do conselho da comunidade de al-Maleh, um grupo de colonos, acompanhado de um rebanho, invadiu a aldeia e ergueu tendas próximas a criações dos residentes palestinos de Umm al-Jimal.

De acordo com a agência de notícias Wafa, a área permanece sob cerco de soldados de Israel desde domingo (11), sob pretexto de operações de busca a um suposto suspeito de um ataque a tiro no Vale do Jordão, que resultou na morte de um colono.

Tropas da ocupação também intensificaram o controle sobre os checkpoints de Tayasir e Hamra, no Vale do Jordão, ao restringir ainda mais fluxo e o tráfego de palestinos em suas terras ancestrais.

Colonos intensificaram ataques à região há meses, incluindo expropriação e atentados incendiários contra terras produtivas. Conforme as Nações Unidas, a violência colonial atingiu níveis sem precedentes.

Soldados escoltam os agressores, ao permitir total impunidade.

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Todos os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada e seus colonos são ilegais sob o direito internacional, conforme reconhecido em julho pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, em decisão histórica.

Mesmo apoiadores internacionais de Israel, consideram os colonos e sua radicalização como um impeditivo da chamada solução de dois Estados.

Estima-se 800 mil colonos radicados em 164 assentamentos e 116 postos avançados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Pogroms contra aldeias e cidades palestinas, conduzidos por colonos ilegais, tornaram-se particularmente comuns no contexto do genocídio em Gaza, com 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia, são 620 mortos, incluindo 144 menores, 5.400 feridos e 9.890 detidos dentro de dez meses. A maioria dos presos permanece em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns por definição.

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